segunda-feira, 19 de dezembro de 2011

O Segredo está na simplicidade.

Estamos acostumados a ver nossas Mountain Bikes com suspensões ar/óleo, 27, 30 marchas e  bikes Full 29er de carbono com 9,5 kg.
Você já se imaginou pedalando uma bike sem suspensão, só com marchas traseiras e ainda só com uma coroa, algo entre a vovózinha e a coroa do meio?
Parece uma coisa inconcebível  para nós Mountain Bikers de "estradão batido e esburacado" da nossa região.Ainda me lembro da minha primeira MTB, era uma Trek Antílope de segunda mão, queixo duro (sem suspensão), freios cantilever, 21 marchas (shimano Altus), pneus 2.0 Kenda.Cara aquilo no começo dos anos 90 era o máximo.
Pedalava pelo Bom Jesus (ainda com os túneis da Rod. Carvalho em construção e Fazenda Harmonia).Suplemento que nada, pão com mortadela rs,rs.Nessa altura do texto você deve estar se perguntando "quantos anos tem esse cara?" Bem, mas isso não importa neste momento rs,rs...
O fato é que em outros países, os gringos tem uma visão diferente da nossa quando se fala de MTB.
Pra eles, o negócio é pedalar no mato mesmo "into the bush", como eles dizem (algo como Mata Fechada da VCP, Matinha da J. Macedo, Castelhanos...). Pra isso eles não usam praticamente nada tecnológico em suas bikes (suspensão, marchas dianteiras...) o que manda é a simplicidade na mecânica da bike e só curtir a natureza.Se você ainda não entendeu a filosofia da coisa dá uma olhada no vídeo da Genesis, uma marca inglesa de bikes, aí você vai entender...
Mas isso não quer dizer que vou tirar minha suspa e nem minhas marchas, pois na Inglaterra acho que eles não tem o Morro da Casinha nem um subidão do Harmonia rs,rs....
Full Screen com o botão direito no vídeo.

Fortitude Weekender from Madison on Vimeo.

domingo, 18 de dezembro de 2011

         Pedal Guararema 2, o "Cascudo".
Foi um pouco pior que imaginei.
Primeiro que a distância já era desafiadora (80Km), segundo que o esperado era que o sol fosse bombar neste domingo.
Realmente foi o que aconteceu, mas ainda tinha mais: meu amigo de treino estava bem mais condicionado do que eu.A idéia era ir até Guararema num ritmo puxado, pois do Bom Jesus até lá é praticamente plano, salvo algumas "subidinhas" e depois voltar mais de boa.Em uma delas encontrei a galera da hardtrack, (que costuma fazer passeios light de MTB todo domingo de manhã) passeando de boa e curtindo o ar fresco da manhã.
Chegamos a Guararema com uma média de 25km/h e claro as minhas pernas que já não viam musculação a uns 4 meses sentiram bastante.Paradinha no barzinho perto da pracinha pra ver o jogo, já estava 2x0 para o Barça rs,rs...Então seguimos pelo Alambique do Décio, um morro cascudo logo no começo e uma sequência de outros mas a frente, chegando perto da Transpetro e fomos sentido Cachoeira, num trecho plano de estradão mantendo a velocidade perto de 30km/h.
A vista da Cachoeira foi um colírio para meus olhos, que já estavam ardendo por causa do suor.
Banho de gato na Cachoeira e de volta pra estrada, indo sentido Freguesia da Escada e pegando a estradinha que sai ao lado da VCP.Na sequência passamos pela Vila Garcia e pegamos o Single Track.
Meu parceiro de treino deu uma topada naqueles benditos toquinhos de concreto com vergalhão que acompanham o single.Pra quem não sabe, o single é paralelo a uma estrada de ferro desativada á tempos, é bem técnico pois há muita brita( aquelas grandes de linha férrea) e os tais toquinhos.
Acabando o single, de volta a estrada do Bom Jesus sentido campo Grande, nesta altura o Sol estava já cozinhando os miolos, o que nos forçou a parar perto do Rio Paraíba.
Neste ponto pra quem não sabe a água ainda é limpa, pois saiu da barragem a poucos quilômetros.Outro banho e terminamos o Bom Jesus, chegando são, salvos e bronzeados em casa.
Durante o pedal demos de cara com motoristas loucos, pensando que ali era o Paris Dakar, achando que ninguém anda por aquelas bandas. Se você for pedalar por lá fique esperto !!!!  

sábado, 17 de dezembro de 2011

Pedal Light Bom Jesus.

Hoje a ideia foi pedalar de boa, porque amanhã vai ser casca grossa.
Tempo perfeito, pedalzinho light e só trocando idéia rs,rs...
Normalmente pedalo sábado á tarde, mas de manhã a atmosfera é outra, ar mais puro, mais barulho do mato e uma oportunidade pra se desligar do cotidiano e curtir a natureza e focar no caminho á frente.
Claro que as vezes acontece algo pra te desconcentrar, por exemplo uns cinco cachorros atrás de você na subida, um carro passando a milhão, uma cobrinha coral viva no meio da subida ao seu lado pulando, mas nada de tire a graça do verdadeiro MTB.


segunda-feira, 12 de dezembro de 2011

O que é mais importante? Ser mais forte ou mais leve?

Artigo da Bike Magazine
Para responder a essa pergunta vou contar um pouco da minha experiência na avaliação e preparação física. Diariamente me questionam da importância das medidas na avaliação física, quais são os testes, para que servem e certa vez quando explicava isso para um atleta, ele me disse:
“*Eu não preciso saber esse negócio de percentual de gordura, quero saber só meu VO2 máximo, gordura não interfere em nada no rendimento*”, e foi então que resolvi esclarecer esse aspecto para vocês.
O peso do conjunto atleta + bicicleta é o que define quem terá mais vantagem na hora de competir, e eu repondo o porquê. Quando fazemos um teste de potência anaeróbica, medimos a potência absoluta “Watts” – e a potência relativa em “Watts/kg”. Feito isso, devemos dar atenção à potência relativa, pois é ela que vai definir o rendimento do atleta na prova.
Para que vocês entendam isso vamos usar uma comparação bem simples: um carro e uma motocicleta, ambos movidos a gasolina e que desenvolvem uma potência máxima próxima de 180 cavalos. Neste caso os dois têm a mesma potência máxima de 180 cv (ABNT), mas a moto tem um desempenho muito maior que o carro, porque a potência relativa da
moto é muito maior que a do carro? Vejam:
Se o carro, no caso um VW Golf GTI, que pesa 1.330 kg e tem uma potência máxima de 180 cavalos: 1.330 kg ÷ 180 cv = 7,4 kg/cv
Nesse caso, cada cavalo de potência do motor do Golf GTI vai impulsionar 7,4 quilogramas de peso do automóvel.
Ao passo que uma motocicleta de mil cilindradas – no caso uma imponente Honda CBR 1000 RR Fireblade – que pesa cerca de 180 kg e desenvolve uma potência máxima de 171,3 cavalos: 180 kg cv ÷ 173 cv = 1.04 kg/cv
Ou seja, cada cavalo do motor da motocicleta vai ter que impulsionar pouco mais de 1 kg.
Não é em vão que a Fireblade chega fácil próximo aos 300 km/h e acelera de 0-100 km/h em três segundos. Já o Golf GTI acelera de 0-100 km/h em 8 segundos e tem uma velocidade máxima estimada de pouco mais de 200 km/h.
A relação peso-potência da motocicleta é muito superior a do automóvel, mais de sete vezes para ser preciso. Essa é a grande diferença que determina quem é o mais veloz.
No ciclismo acontece exatamente a mesma coisa. Se eu tenho dois atletas com mil Watts de potência cada um, mas um deles pesa 60 kg e o outro pesa 80 kg, é óbvio que o ciclista de 60 kg terá um rendimento melhor, pois eles terão uma potência relativa de 16,66 W/kg e 12,5 W/kg, respectivamente.
Na prática isso é o que separa um competidor PRO de um SPORT. Então eu pergunto: o peso do atleta é importante? Claro! É por isso que antes de disputar quem tem a bike mais leve, o competidor deve ficar esperto, pois o peso corporal pode ser o fator determinante para o rendimento.
Pensem nisso. Em breve estarei de volta com mais artigos sobre esse tema.
Um forte abraço a todos e boas pedaladas
Prof. Marcelo Hendel
Diretor técnico da VM3 Assessoria Esportiva

www.vm3.com.br
Fonte: Bike Magazine
Autor: Marcelo Hendel

sábado, 3 de dezembro de 2011

Cyclo-cross: Uma corrida casca grossa.

Corridas curtas, em circuitos pequenos com barreiras, subidas impossíveis, curvas fechas, no escuro, areia e mais um monte de dificuldade e tudo isso em uma bike de ciclismo. Esse é o cyclo-cross!

O cyclo-cross tem crescido bastante sua representatividade no ciclismo mundial. Uma coisa que facilita esse crescimento e a capacidade desse tipo de corridas de entreter o público. As corridas são muito interessantes, os percursos são os piores possíveis, nas subidas, geralmente os ciclistas descem das bicicletas e as carregam nas costas, barreiras de 30 cm de altura fazem com que os pulem com suas bikes de ciclismo. É uma coisa de doido.
Com isso tudo o público que assiste vai a loucura, como o circuito é muito pequeno, os espectadores conseguem assistir todas as partes da carnificina. Quando o maior vencedor da história do Tour de France, Lance Armstrong, participou de uma prova em Las Vegas e declarou que a prova foi bem mais difícil do que ele imaginava.
O aumento da visibilidade do esporte tem feito com que as marcas de bicicletas comecem a se mexer e começar a criar inovações tecnológicas para as bikes de Cyclo-cross. Uma das novidades desse ano foram as bikes com freio a disco. É bem bacana ver uma rodonas Zipp, com um pneu encaroçado e com freios a disco.






Fonte: Pra quem pedala.